segunda-feira, 19 de setembro de 2011

Tome barqueiro uma moeda


Tome barqueiro uma moeda para meu corpo levar
Neste maldito rio, aonde a tristeza não vai seguindo.
Este choro que cai, eu não quero seguir sentindo...         
Escorrendo na minha face, tão frias a congelar.

Leve-me ao inferno, quero nesta paz descansar,
Ó barqueiro! Maldito o destino que veio nos unindo
Nesta travessia de fracassados...  Continue seguindo.
Não pare, pois não necessito nunca mais respirar.

Ofegante... Como dói deixar a tristeza nesta travessia
Essa amiga, que sufocou minhas noites sonhando
E me fez esquecer a beleza do nascer de um dia.

Para o inferno! Amigo barqueiro... Com tua voz cantando
Essa despedida da amiga tristeza, maldita ironia...
Adeus amiga de eternos dias... Vou sozinho lamentando.

domingo, 24 de julho de 2011

Anjo Moribundo



Tão leve, num vôo de uma pétala decaída
Na espumante bruma do Amor, voando...
Meu anjo... Nesta minha alma enfraquecida,
Que para o infinito segue navegando.

Apodrecido meu corpo... Vida sucumbida,
Num ímpeto silente, sem forças, nem clareando
Esta sombra, que no meu corpo segue esquecida
Meu amor, um anjo livre, nunca vacilando...

Nas palpitações, que o silêncio vai surgindo,
Tão doce, tão sufocante, ainda sorrindo
Na imensidade do prazer, ao triste jardim.

Na ultima palpitação, fraco caindo...
Meu anjo, um beijo, neste véu encobrindo
Um beijo, para que a morte seja o fim.



Dama



Um beijo dama, para contigo sonhar
Neste meu leito frio, teu corpo desejar
E este beijo, o fôlego segue morrendo
Vagando no teu hálito... Se esquecendo.

Na leveza de um sonho, apenas cantar
A vida, no silêncio do meu lábio, ti amar...
Mesmo meu corpo, fraco e desfalecendo
No leito de morte... Não irei sofrendo.

Ó dama! No teu hálito doce, fraquejando
E em teus braços, fraco sonhando...
Num leito veludoso, lágrimas do amor.

Nesse leito onde adormeço sangrando
E em teus beijos, na noite saboreando
A infinidade deste fabuloso sabor.

P.S. Soneto dedicado a minha musa, na eternidade dos meus sentimentos.

Pássaro Anjo Negro(Um poeta de tragédias) - Desire _ Dark Angel Bird (A Poet Of Tragedies)

Durante a noite...a noite toda...
Um trágico grasnido pode ser ouvido...
A voz de um anjo que fica chamando...
Um anjo com uma alma sangrando está caindo...


Anjo negro da melancolia
Eu sou uma lágrima fria de misantropia
Anjo negro do sofrimento
Eu sou um lamentador cheio de angústia


Seus violentos poemas de dor
Numa elegia mordaz
Vermelho escuro é a cor
De sua agonia ilimitada


Anjo negro da melancolia
Eu sou uma lágrima fria de misantropia
Anjo negro do sofrimento
Eu sou um lamentador cheio de angústia
Cheio de angústia... lamentador cheio de angústia...


Pássaro anjo negro...


A tristeza em seu canto
É a minha própria melancolia
Um lutuoso derretimento de lágrimas
Que emergem como o cair da noite


Nos seus olhos...
Eu contemplo os olhos de uma alma
Uma alma com um coração sangrando
E sem o amor de ninguém


Minha existência depende da sua
Minha... minha alma é como a sua
Por... por você eu choro
Na fria noite nua


Leve-me além da infinidade
Em suas asas de luz lunar
Eu quero soltar um último grito
Eu quero adormecer e sonhar


Eu sou... Eu sou o pássaro anjo negro...
Um poeta de tragédias...


Eu sou o pássaro anjo negro...
Eu sou o pássaro anjo negro...


Eu sou o pássaro anjo negro...


Arranhe com suas garras mortais
Agarre bem... no meu peito
Chão do cemitério para as invocações de outono
Santuário para um amor despedaçado


Abnegado, eu clamo por você
Minha alma sangra pela sua
Por você eu morro...
Por você eu morro...
No frio...
No frio...
Na fria noite nua...


Na fria noite nua...
Na fria noite nua...


"Anjo de coração ferido
Como é triste o fim...
Sentir-me perdido
Morrer dentro de mim..."

Ao Meu Anjo Decaído - My Dying Bride _ For My Fallen Angel

Quando dreno meu fôlego
E o brilho preenche meus olhos.
Beijo-a, ainda.
Pois ela nunca mais se erguerá

Em meu escasso corpo
Descansa a tua moribunda mão
Através dos prados Celestes.
Onde corremos.
Como um ladrão à noite
O vento sopra tão suave
Isto guerreia com minhas lágrimas.
Que não secarão por muitos anos.





"Dourada seta do amor
Dela deveria ter fugido
E não ao ébano dardo mortal
Abatê-la mortalmente."
 

sábado, 23 de julho de 2011

Tocando meu corpo

Ele continuava em pé sentado sobre a janela, olhando algo além. Olhando a noite, o vento que pairava sobre sua face pálida. Um leve sorriso nos lábios vermelhos, talvez vermelhos do batom que ela usara nessa noite, ou talvez da intensidade e força dos beijos de algumas horas atrás. Seu cigarro se extinguia.  Assim como uma garrafa de absinto na mesa ao lado. A calça jeans ainda estava desabotoada, mostrando parte de sua cueca.
Logo após ficar alguns segundos, talvez minutos ou ainda horas, olhando seu amado na janela, notou que iria amanhecer em breve. Seu corpo despido embaixo do lençol clamava pelo toque dele, por sua mão, pelo seu beijo violento. Mais se recusou a pedir, a vida a ensinou assim. Então esperou ele tragar mais uma vez o cigarro e levantou.
Resolveu não lavar o corpo. Ou banhar. O suor ainda escorria pelas suas costas. Seu cheiro era o sabor de seu homem. Ela gostava disso. Arrumou a meia-calça, que parecia ter sido arrancada à força, assim como sua calçinha. Sua pela ardia, mais era um ardor tão doce, um ardor que gostava de sentir. Era tão prazeroso sentir esse calor. Suas pernas tremeram outra vez, tremeram de prazer, mais ele não notou, pois seu olhar continuava distante. Recolocou o vestido que ele tirara antes mesmo de entrarem no apartamento.  Sorriu ao ver sua própria imagem no espelho e desejou a ele um bom dia, com uma voz leve, e saiu.
Queria dizer que o amava, assim como desejava que ele falasse o mesmo no seu ouvido. Uma lágrima fria e amarga desabrochou em seus olhos, percorrendo as bochechas rosadas e morrendo nos lábios. A rua parecia mais escura, mais perigosa e silenciosa. Parecia um pretexto para voltar e ficar com seu amado, mais resolveu continuar com seus finos passos.
O vento soprou outra vez, mais agora trazia um aroma diferente. Algo conhecido. Algo que fez seu corpo esquentar. Passos firme a seguiam. Sentiu sua pele arrepia-se, mas não sabia se de medo ou prazer. Seu coração disparou a em palpitações fortes. A rua continuava escura e vazia. A cidade parecia dormir naquele momento. Ao sentir o calor de seu perseguidor, fechou os olhos. E deixou um leve suspiro sair dos lábios.
Ele a agarrou. E ao abrir os olhos e desvendar que era o seu macho, seu amado, seu amante, tremeu, mas agora de prazer. De desejo.
Ele forçou-a na parede, beijando seus lábios com fervor. Mordiscando-os a cada beijo. A mão pesada dele desceu pela cintura fina dela. E num tom leve mais com um hálito quente, disse a ela:
- Nunca mais saia sem dar-me um beijo, ou ainda, sem dizer que me ama. – continuou ele – por essa falta de educação, tomarei alguns beijos seus e mais alguns orgasmos quentes entre suas pernas.
Ao dizer isso levantou seu vestido, do modo que sua mão entrasse entre minhas pernas. E com força, rasgou calçinha dela colocando em sua boca, em um movimento tão grosseiro quanto gentil. E mais forte ainda começou a tocá-la com a mão. Em movimentos firmes sobre seu órgão feminino. Se não estivesse com algo tampando sua boca, talvez acordassem muitos com seus urros de prazer. Os dedos de seu amado penetravam sua vagina. Seu corpo tremeu. Suas unhas rasgavam as costas daquele rapaz que mordiscava seu pescoço. E apertava seus seios. O dedo que a penetrava naquele momento estava, com toda certeza, tão molhado quanto aquela calcinha em sua boca. Em movimentos mais intensos e rápidos ela gozou outra vez, suas pernas fraquejaram. Sentiu escorrer por entre as pernas algo quente, que saia de dentro dela mesma.
Talvez se ele não estivesse forçando-a na parede, ela estaria no chão, sem força para levantar. Sua face estava vermelha. Os movimentos em sua vagina continuaram. Nesse momento escorria algo pelo canto de seus lábios. Assim passaram alguns instantes até que ele a soltou, e fraca ela desabou. E ali mesmo, no chão, olhando o sorriso discreto dele, ela teve outro orgasmo.
 Ofegante, seu respirar continuava acelerado. Ele tirou aquilo que ainda tirava a respiração de sua amante. E colocou no bolso de sua calça jeans. Sorriu para ela, de um modo quase invisível. O suor em ambos os corpos era abundante e quente. Ele ajoelhou-se a sua frente e pegou-lhe nos braços. Apesar dela, talvez, poder caminhar firmemente, ele a levou em seus braços de volta ao apartamento onde muito mais disso aconteceu.