sábado, 23 de julho de 2011

Tocando meu corpo

Ele continuava em pé sentado sobre a janela, olhando algo além. Olhando a noite, o vento que pairava sobre sua face pálida. Um leve sorriso nos lábios vermelhos, talvez vermelhos do batom que ela usara nessa noite, ou talvez da intensidade e força dos beijos de algumas horas atrás. Seu cigarro se extinguia.  Assim como uma garrafa de absinto na mesa ao lado. A calça jeans ainda estava desabotoada, mostrando parte de sua cueca.
Logo após ficar alguns segundos, talvez minutos ou ainda horas, olhando seu amado na janela, notou que iria amanhecer em breve. Seu corpo despido embaixo do lençol clamava pelo toque dele, por sua mão, pelo seu beijo violento. Mais se recusou a pedir, a vida a ensinou assim. Então esperou ele tragar mais uma vez o cigarro e levantou.
Resolveu não lavar o corpo. Ou banhar. O suor ainda escorria pelas suas costas. Seu cheiro era o sabor de seu homem. Ela gostava disso. Arrumou a meia-calça, que parecia ter sido arrancada à força, assim como sua calçinha. Sua pela ardia, mais era um ardor tão doce, um ardor que gostava de sentir. Era tão prazeroso sentir esse calor. Suas pernas tremeram outra vez, tremeram de prazer, mais ele não notou, pois seu olhar continuava distante. Recolocou o vestido que ele tirara antes mesmo de entrarem no apartamento.  Sorriu ao ver sua própria imagem no espelho e desejou a ele um bom dia, com uma voz leve, e saiu.
Queria dizer que o amava, assim como desejava que ele falasse o mesmo no seu ouvido. Uma lágrima fria e amarga desabrochou em seus olhos, percorrendo as bochechas rosadas e morrendo nos lábios. A rua parecia mais escura, mais perigosa e silenciosa. Parecia um pretexto para voltar e ficar com seu amado, mais resolveu continuar com seus finos passos.
O vento soprou outra vez, mais agora trazia um aroma diferente. Algo conhecido. Algo que fez seu corpo esquentar. Passos firme a seguiam. Sentiu sua pele arrepia-se, mas não sabia se de medo ou prazer. Seu coração disparou a em palpitações fortes. A rua continuava escura e vazia. A cidade parecia dormir naquele momento. Ao sentir o calor de seu perseguidor, fechou os olhos. E deixou um leve suspiro sair dos lábios.
Ele a agarrou. E ao abrir os olhos e desvendar que era o seu macho, seu amado, seu amante, tremeu, mas agora de prazer. De desejo.
Ele forçou-a na parede, beijando seus lábios com fervor. Mordiscando-os a cada beijo. A mão pesada dele desceu pela cintura fina dela. E num tom leve mais com um hálito quente, disse a ela:
- Nunca mais saia sem dar-me um beijo, ou ainda, sem dizer que me ama. – continuou ele – por essa falta de educação, tomarei alguns beijos seus e mais alguns orgasmos quentes entre suas pernas.
Ao dizer isso levantou seu vestido, do modo que sua mão entrasse entre minhas pernas. E com força, rasgou calçinha dela colocando em sua boca, em um movimento tão grosseiro quanto gentil. E mais forte ainda começou a tocá-la com a mão. Em movimentos firmes sobre seu órgão feminino. Se não estivesse com algo tampando sua boca, talvez acordassem muitos com seus urros de prazer. Os dedos de seu amado penetravam sua vagina. Seu corpo tremeu. Suas unhas rasgavam as costas daquele rapaz que mordiscava seu pescoço. E apertava seus seios. O dedo que a penetrava naquele momento estava, com toda certeza, tão molhado quanto aquela calcinha em sua boca. Em movimentos mais intensos e rápidos ela gozou outra vez, suas pernas fraquejaram. Sentiu escorrer por entre as pernas algo quente, que saia de dentro dela mesma.
Talvez se ele não estivesse forçando-a na parede, ela estaria no chão, sem força para levantar. Sua face estava vermelha. Os movimentos em sua vagina continuaram. Nesse momento escorria algo pelo canto de seus lábios. Assim passaram alguns instantes até que ele a soltou, e fraca ela desabou. E ali mesmo, no chão, olhando o sorriso discreto dele, ela teve outro orgasmo.
 Ofegante, seu respirar continuava acelerado. Ele tirou aquilo que ainda tirava a respiração de sua amante. E colocou no bolso de sua calça jeans. Sorriu para ela, de um modo quase invisível. O suor em ambos os corpos era abundante e quente. Ele ajoelhou-se a sua frente e pegou-lhe nos braços. Apesar dela, talvez, poder caminhar firmemente, ele a levou em seus braços de volta ao apartamento onde muito mais disso aconteceu.

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