domingo, 29 de maio de 2011

Quimera


Como uma pétala, borboleteando no outono
Febril adejando pelo sedoso e triste jardim.
Num leito, os seios dançam, em doce sono.
Arfando a doçura do venenoso jasmim.

Vagas claridades, que em teu corpo é dono.
Um leito de rosas que desejo para mim,
E essas pétalas, sem rumo, passam o outono
Ofegantes de luminosidade desejando o fim.

Dançantes na bruma, arfando fracas a cair
Tão singelas, como uma lagrima a sucumbir...
E em teu corpo, um leito para vagar sonhando.

Esta rubra brisa, de luminosidade e clarão,
São bailes, que num horizonte torna-se o salão...
Para que na eternidade seguem dançando.

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