sábado, 30 de abril de 2011

Cavaleiro Tombado



Receba essa poesia, minha musa pálida.
Carregue em seus seios nus, frios, belos.
Sei que eles são apenas lágrimas, de um decaído,
São gritos de um mudo... Oh minha amada!
São gritos de medo, desespero. Porém singelos.
De alguém que sem seus lábios, viverá ferido.

Em seu leito, vitorioso em batalhas, estou decaindo
E a noite derrama suas frias lágrimas sobre mim
Não sinto o calor de seus seios, de seus lábios.
De seu beijo frio, não sinto vida surgindo.
Sinto apenas o sabor de tristeza de um jardim.
O jardim noturno, soturno, de ditos sábios.

Como você é bela, o luar cai sobre você... Divinamente!
És como um anjo decaído... Uma rosa se abrindo,
Em meio a espadas e sangue... Desespero e medo.
Ao lado de seu leito, até que o sol nasça novamente.
Serei apenas um maldito... Um anjo decaindo,
Esperando sentir novamente, em meu rosto seu dedo.

Oh musa!... Que dorme junto à névoa que vai surgindo
Em noites eternas, observada por um luar embalsamado.
Ao seu lado, nesta visão divina. Frios beijos...
Não apenas frios... Gélidos, mórbidos... Decaindo.
Num jardim morto, por mim desejado,
Sem vida, noites eternas... São íntimos desejos.

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