sábado, 30 de abril de 2011

Lembranças de um Amanhçer



Poeta:
- Oh minha musa! Senhora de lamentações,
Doces lábios, profanos... Doce como vinho.
Ao seu lado, perdido como as embarcações...
Segure minha mão, não me deixe sozinho.

Castelã:
- Me sinto desmaiar... Noite bela,
Noite iluminada, pelos clarões de minh’alma
Noite maldita, encantadora, singela.
Beije-me! Sinta em meus beijos uma nova calma.

Poeta:
- Por que desmaias senhora! Sentes frio?
O sabor de seus lábios me traz uma nova aurora.
Um sabor amedrontador, um perdido rio
Lábios que uma nova vida ignora.

Castelã:
- Oh morte! Aceito essa nova dança!
Ti deixo meu amor... Adeus!
Que minha imagem, seja uma lembrança,
Pois agora, decairei nos braços seus.

Poeta:
- oh meu amor! Não me deixe só...
À noite, a aurora será sempre minha
Caminharemos juntos ao pó,
Não ti deixarei nessa caminhada sozinha.

Nenhum comentário:

Postar um comentário