sábado, 30 de abril de 2011

Luar



Aceite essa dança...
Em meio ao jardim e a escuridão
E a ultima gota de esperança...
Seja o sangue que cai de da minha mão.

Beba o sangue dos meus lábios,
E as lágrimas que caem com essa música,
Seja a poesia dos sábios.
E o silêncio não seja sua busca.

Donzela,... Dance para mim...
Essa dor, essa música, muito real,
Ouça os gritos, música ou fim...
De uma dor que por mim é leal.

Acompanhe-me, ao morto jardim,
Sobre meus olhos, a noite cairá.
Este que é meu leito... Apenas o jasmim
A meu lado... Ele reinará.

Donzela... Deusa da luxúria,
Mesmo que o amanhecer,...
Seja o fim de nosso belo dia.
Em meu leito, esperarei escurecer.

Ao fim desta Lúgubre sinfonia,
Sinta meu ultimo suspiro.
A brisa trará o aroma da agonia...
Beije-a, pois, não, mas respiro.

Donzela... Este é o fim da dança...
Nosso paraíso, esta clareando,
Nosso poema, apenas uma lembrança,
Da noite, da morte... Amando...

Durma donzela... Eis o seu jardim,
Fim de uma noite. Inicio da esperança,
Mesmo que essa luz pareça não ter fim,
A noite chegará, juro a uma nova dança.

Nenhum comentário:

Postar um comentário