sexta-feira, 29 de abril de 2011

Silêncios



Cante-me..., como um assovio intimo,
Este ar que de teus lábios doce
Deixa vagar.
Lábios que apenas mimo.
Que apenas, nesta linda noite.
Deixa-me amar.

Mas não me peça... Mesmo em pensamento
Que minha vida não seja sua.
Não me deixe só.
 Esse assovio, este veludoso sofrimento.
Como sua imagem nua.
Meu coração dará um nó.

Queria que tivesse minha visão
Este desenho... Para amar.
Oh minha amante.
Este veludoso sorriso, como clarão
Os meus olhos cegar.
Sempre como antes.

Ouço - ti outro assovio... E mais outro.
Será que zombas de mim...
Ou ousa anestesiar-me
Saiba que este encanto não vem d’outro
Como um virgem jardim
Encanta-me.

De seus lábios, o ar sai a navegar
Com mais um assovio
Encantando o luar
Deslumbrada, a lua a nos olhar
Com lágrimas, sorriu
Maldito seja amar.

As lágrimas, em seu rosto
Foi a percorrer
Silenciosamente
A lua, triste em seu posto
Entre as arvores, morrer
Gentilmente

Imagina como queria
Seus lábios silenciar
Junto aos meus
Com este beijo morreria
De a distância vingar
Nos braços seus.




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