sábado, 30 de abril de 2011

Palácio Assombrado



Passos leves, finos, flutuantes. Num belo luar
Onde seus raios prateados, iluminam o salão.
Damas, cavalheiros... Almas há se embalar
Passos singelo... No ritmo lindo da canção.

Anjos chorosos, em vitrais... Belos, coloridos,
Lamentosos... Num infinito estão observando.
Mergulhados em falsos, tortos sorrisos
Como num mar, tranqüilo. Seguem navegando.

Olho – ti, silente,  graciosa, bela, lastimosa.
Os espelhos encontram- ti, abandonada
Como se a escuridão, esta companheira amorosa
Fosse tua acompanhante nesta balada.

Essas ilusões,  que cortejam todas as sinfonias
Se ritmando a cada nota, mesmo ela nua...
E você, minha dama, nem mesmo sorrias,
Não queres uma ilusão para imagem sua?

Neste salão, onde o baile esta há desenrolar
Acompanha-me uma brisa, fria, silenciosa.
Beijando minha face, me sussurrando a amar
A noite, o baile, a musica, sua face gloriosa.

Sentindo o doce sabor do silêncio, apenas seu olhar
Navegando, pelo infinito... Leves ondas...
E nessa escuridão, por onde queres caminhar
Estarei a espreita... Não ti escondas.

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